Dizzy Gillespie era um admirador do estilo de Roy Eldridge, músico de transição entre o swing e o bop, quando se familiarizou com os acordes de Thelonious Monk e o fraseado de Charlie Parker. Dominando como poucos a massa sonora do trompete, não lhe foi difícil desenvolver a linguagem do bop no que ela tinha de mais complexo e virtuoso.
Nasceu em Cheraw, Carolina do Sul em 1917 e começou a estudar trompete aos 14 anos, tornando-se músico profissional aos 18, em Filadélfia. Já em 1937, viajou para a Europa com a orquestra de Teddy Hill. De volta aos Estados Unidos, destacou-se na seção de metais da orquestra de Cab Calloway (1939-41).
Conheceu Charlie Parker na orquestra de Earl Hines (1942/43), e com ele participou das jam sessions do Minton's, da orquestra de Billy Eckstine e com ele fundou o histórico quinteto que gravou os clássicos bop "Salt Peanuts" e "Hot House" em 1945.
Em 1946, Dizzy organizou a primeira big band tipicamente bop, integrando, em diversos arranjos, o ritmo afro-cubano ao idioma jazzístico. A orquestra fez grande sucesso na Europa, em 1948, mas foi desfeita em 1950. Também como Charlie Parker, Dizzy participou dos concertos das séries "Jazz At The Philarmonic" até 1956, quando reorganizou sua grande orquestra para uma tournée pela Ásia, Oriente Médio e América do Sul, inclusive o Brasil.
A partir de 1958, e durante a década de 60, voltou a liderar pequenos conjuntos, dos quais os quintetos com Lalo Schifrin (piano), Leo Wright (sax alto), James Moody (sax tenor) e Kenny Barron (piano) foram os mais bem-sucedidos. Para a Pablo, Gillespie gravou em concertos e festivais, nos Estados Unidos e na Europa, mostrando que é também um excepcional vocalista bop e um completo showman.
Compôs alguns dos mais célebres temas bop, como "A Night in Tunisia", "Groovin' High", “Con Alma", "Manteca" e "Woodyn' You". Dizzy Gillespie faleceu em janeiro de 1993, em Englewood, New Jersey, devido à um câncer pancreático.
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