segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Biografia de Charlie Parker

     O saxofonista-alto Charlie Parker revolucionou as possibilidades harmônicas e a sintaxe rítmica de improvisação no jazz à extensão de um novo idioma inteiro, ou ao menos fez emergir um novo dialeto de jazz. O seu estilo continua engajando gerações sucessivas de instrumentistas.
     O bebop não era tanto uma quebra com o passado, mas sim uma evolução lógica. Parker continuou usando mudanças de acordes nas canções populares como a base para improvisação. Mas como ele estava equipado com excessos de virtuosismo conceitual e instrumental, os desafios do swing tradicional já não mais o absorviam. Assim, ele foi procurar novos desafios a resolver utilizando o mesmo material musical, incorporando um conteúdo harmônico mais sutil e extenso nas improvisações e acrescentando à velocidade um zig-zag rítmico mais complexo.
     Como a improvisação se tornou mais desafiante aos jovens músicos de talento, também se tornou mais desnorteante às platéias acostumadas com as bigbands. Por outro lado, as complexidades da música de Parker tiveram o efeito de trazer para o jazz uma cultura musical mais selecionada e exigente. A música prosperou sendo tocada para pequenas platéias, mas criando uma maior liberdade para os instrumentistas e seus maravilhosos solos.
     Charlie Parker nasceu em 20 de agosto de 1920, em Kansas City, Missouri, conhecendo a música enquanto aluno da high school. No início dos anos 30 ele fez bicos tocando pela cidade, afiando seu tom e técnica. Ele gravou pela primeira vez com a Jay McShann Orchestra entre 1940 e 1942.
     O seu progresso durante os próximos dois anos não ficou documentado, devido à proibição de fazer gravações imposta pela sindicato de músicos. Até que ele retomasse ras sessões de gravação em 1944-45, suas improvisações fabulosas nos tempos de breakneck ("Ko Ko", "Donna Lee", "Shaw Nuff") encantavam os jovens jazzistas e ameaçavam os veteranos, fixando um novo parâmetro e alimentava a principal controvérsia musical na história de jazz.
     Mas a batalha aprofundou-se para o campo cultural uma vez que a propensão de Parker pela droga pesada e vida difícil fizeram com que o bebop fosse definido como uma música de bandido e com um estilo de vida que muitos escolheram para seguir. As gravações definitivas da carreira de Parker foram feitas na Savoy entre 1945-48 ("Now's the Time", "Thriving Of A Riff", "Billie's Bounce"), e na Dial entre 1946-47 ("Ornithology", "A Night In Tunisia", "Lover Man", "Scrapple From The Apple").Elas venderam muito pouco, mas eram profundamente influentes para jovens músicos do pós-guerra como o Hot Seven de Armstrong e as primeiras bigbands foram para os músicos dos anos trinta. Até mesmo durante o período inovador de Parker ele continuou sendo uma figura de mistério para o público em geral.

     O terceiro capítulo do trabalho principal de Parker começou em 1948, quando Norman Granz começou a fazer gravações em contextos diferentes com o propósito de levar a sua música a uma audiência mais ampla. Até então, suas inovações principais tinham se esgotado e o seu repertório tinha estreitado a um número pequeno de músicas.
     Mas esse álbum com acompanhamento de cordas criou um novo filão para Parker: brilhantes solos foram executados nesse seu último trabalho inovador. Ele morreu em 1955 com a idade de 35 anos, devido a combinação causada pelas drogas e problemas médicos.

Maynard Ferguson - Dues



Faixas


The Rise and Fall of Seven
Light Green
Kundalini Woman
Sunny
Meet a Cheetah
Molecules
Wack-Wack
Stan Speaks
Alfie



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Maynard Ferguson - Trumpet Rhapsody


Faixas

It's Almost Like Being in Love
Knarf
Ole
Dancing Nitely
Tenderly
Whisper Not
Got the Spirit

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Biografia de Maynard Ferguson

     Lider excitante, Maynard Ferguson já aos treze anos de idade tocava profissionalmente. Destro em vários instrumentos, incluindo trompete, trombone de válvulas, sax-alto, clarineta, oboé e trompete barítono; ficou conhecido pelo potente som agudo que emite do trompete (graças a um bocal que criou). Em 1948, deixa a
nativa Montreal, província de Quebec no Canadá, para tocar nos EE.UU, atuando nas bandas de Boyd Raeburn, Jimmy Dorsey, Charlie Barnet e Stan Kenton, onde atingiu a fama com seu vibrante instrumento.
                             
                                        Maynard Ferguson
                                     
     Em 1956 , depois de liderar várias "All Star Bands", entre elas a "Birdland Dream Band", forma sua própria jazz-band, para apresentações regulares na América do Norte e Canadá. Segundo a tradição de outros líderes da era do swing, Fergunson postava-se à frente da orquestra como vitrine, em excitantes solos ao trompete, comandando, em média, treze instrumentistas e conseguindo grande popularidade na área de New York e em toda Nova Inglaterra.
     Trabalhando sempre com jovens instrumentistas, entre os "sidemen" que se destacaram estão os trompetistas Shorty Rogers, Conte Candoli, Bill Chase e Don Ellis; trombonistas Urbie Green, Bill Berry e Slide Berry e Slide Hampton (este  também arranjador); saxofonistas, Georgie Auld, Joe Farrell e Don Sebesky que, nos dias atuais, lidera excelente big band em New York. A perícia na escolha dos arranjos, criava a impressão de que a banda tinha o dobro de componentes, tal a magnitude do som produzido.

     Gravando para os selos Capitol, Mercury, Emarcy, Roulette, Cameo e Verve, fez álbuns ao lado das cantoras Dinah Washington, June Christy e Chris Connor e dos expoentes do jazz Clifford Brown e Ben Webster. 
     Entre os grandes instrumentistas de jazz há um lugar especial ocupado pelos trompetistas agudos (high notes). Nos anos 20 e 30, Louis Armstrong magnetizou as platéias e os colegas músicos com a enorme habilidade em produzir esse som peculiar. Como seus seguidores vieram Dizzy Gillespie e Roy Eldridge, depois surgiram Al Killian e Cat Anderson. O canadense Maynard Ferguson, nascido a 4 de maio de 1928, desde menino demonstrou extrema habilidade no instrumento, consagrando-se também como bandleader. Ele chegou a ser acusado de exibicionista ao gravar temas para a etiqueta Amarcy, fazendo também
experiências nos anos 70 com o jazz-rock, sempre procurando novos sons e ritmos.
     Ao contrário dos grandes trompetistas negros de jazz, Ferguson não e um improvisador com a magnitude dos contemporâneos Clifford Brown e Clark Terry. Muitos álbuns da banda têm arranjos escritos por Bill Holman,que hoje é um dos mais requisitados maestro-arranjadores dos EE.UU., tendo gravado em 1995 um
excelente compact disc para o cantor Tony Bennett.
     Maynard Ferguson, importante músico e multinstrumentista, trabalhor por mais de 50 anos na liderança de sua big band..
     Nos anos 90, à frente de sua "Big Bop Nouveau", sempre com talentos do jazz, continuou a fazer "tournées", gravações e shows na televisão americana e canadense. Recentemente, foi lançado nos EE.UU. um compact disc do cantor e pianista Michael Feinstein, tendo respaldo da big band de Maynard Ferguson,
gravado na etiqueta Concord Records com o título de Big City Rhythms - CCD - 4869-2.
     O trompetista e bandleader Maymard Ferguson, faleceu dia 23 de agosto de
2006, aos 78 anos de idade.

Finale 2012



     O Finale é um dos mais famosos e poderosos softwares para criação e edição de partituras. Com um robusto conjunto de ferramentas, opções ilimitadas e controle total sobre o projeto, o software traz na versão 2012 novas possibilidades de composição, arranjo, reprodução, gravação e impressão de partituras. 


     Indicado por maestros mundialmente conhecidos, famosas escolas e músicos, além do conteúdo das versões passadas, o Finale traz na versão 2012: 



- Possibilidade de adicionar capotraste em composições de instrumentos de cordas como violão, baixo e guitarra; 



- Novas tracks de percussão para bases; 



- Novas ferramentas para formatação da impressão de projetos; 



- Melhorias na forma de espaçamento da ferramenta “Lyrics”; 



- Novos caracteres e fontes para escrita; 



- Mais de 800 templates de escrita para exercícios e mais de 100 títulos de jazz em sua galeria; 



     O incrível realismo da sua biblioteca de samples e playback, extraídos da Garritan Personal Orchestra e aperfeiçoados ano após ano ganhou novos instrumentos: Soprano sax, Celeste, Mandolin, Accordion, Euphonium solo, Recorder, Pipe organ – Baroque Plenum Reed stop e Pipe organ – Pedal stop.

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sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Dizzy Gillespie - The Champ


Faixas

The Champ
Birk's Works
Caravan
Time On My Hands
On The Sunny Side Of The Street
Tin Tin Deo
Stardust
They Can't Take That Away From Me
The Bluest Blues
Swing Low, Sweet Cadillac
Ohh-Shoo-Be-Doo-Bee

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terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Chet Baker - Mr. B



Faixas


1. Dolphin Dance (6:22)
2. Ellen And David (6:16)
3. Strollin' (7:20)
4. In Your Own Sweet Way (7:14)
5. Mr. B (4:05)
6. Beatrice (4:45)
7. White Blues (4:57)
8. Father X-mas (5:00)


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Song Book de Clifford Brown

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Bach BWV1009 Suite for Trumpet

Partitura escrita originalmente para violoncello, transcrita para trompete em Bb
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Bach BWV1008 Suite for Trumpet


Suíte BWV1008 de Bach escrita originalmente para violoncello , transcrita para trompete em Bb.
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Wynton Marsalis - Christmas Jazz Jam





Faixas


Santa Clause Is Coming to Town
Mary Had a Baby
Jingle Bells
Blue Christmas
Go Tell It On the Mountain
O Christmas Tree
O Little Town of Bethlehem
rudolph the red-nosed reindeer
The Christmas Song
Good King Wenceslas
Have Yourself a Merry Little Christmas
Grensleeves
Christmas Jazz Jam


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quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Arturo Sandoval - Hot House


Faixas

  1. Funky Cha-Cha
  2. Rhythm of Our World
  3. Hot House
  4. Only You (No Se Tu)
  5. Sandunga
  6. Tito
  7. Closely Dancing
  8. Mam-Bop
  9. New Images
  10. Cuban American Medley: Back ...
  11. Brassman's Holiday


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As Surdinas

     Considerada por muitos como um simples acessório, as surdinas têm um papel chave na
caracterização de certos estilos musicais, como o Jazz, e podem ser um fator de enriquecimento da
linguagem musical e da performance de um instrumentista. Vamos analisar sua origem, tipos e
características.
     A procura de um nome: Segundo a definição do Dicionário Houaiss, surdina é o "dispositivo
móvel ou fixo que, em determinados instrumentos, serve para abafar-lhes a sonoridade e alterarlhes
o timbre". A função original das surdinas foi, sem dúvida, a de abafar o som dos instrumentos. Hoje
ela é muito mais do que isso, sendo a sua principal função a mudança do timbre. E, embora não
seja bonito, o termo "timbrador" seria muito mais adequado para descrever o que hoje chamamos
de surdina.
     O princípio: Nos instrumentos de metal as surdinas são colocadas na saída da campana ou
dentro dela; elas interceptam o som do instrumento reduzindo seu volume e alterando seu timbre.
Partindo-se dessa definição, podemos considerar uma flanela amarrada na campana do
instrumento como uma forma simples de surdina. Desse modelo básico até as sofisticadas surdinas
eletrônicas, todas estão sujeitas a alguns princípios acústicos comuns presentes em maior ou menor
grau conforme o modelo em questão. Basicamente podemos falar de três características:

1. Abafa o som Ao interceptar as vibrações da coluna de ar que saem pela campana do
instrumento, ela absorve parte da energia sonora, fazendo com que o volume do som diminua.
2. Filtra o timbre Conforme a forma que possui e o material de que é feita, ela absorve alguns dos
sons harmônicos que compõem o timbre do instrumento, alterando suas características.
3. Acrescenta sons harmônicos ao timbre do instrumento Ao interceptar as vibrações sonoras
produzidas pelo instrumento, ela mesma entra em vibração, acrescentando seu próprio som ao som
do instrumento.
     O instrumentista como ator do som: A relação entre um instrumentista e o som de seu
instrumento é muito parecida com aquela entre um ator e sua voz. No seu processo de formação, o
ator, num primeiro momento, trabalha sua voz para que ela desenvolva qualidades como
resistência, sonoridade, volume, projeção e expressividade. Assim que seu controle vocal tenha
atingido um nível satisfatório, o ator continua seu aprendizado trabalhando na caracterização vocal
de personagens que difiram dele próprio na idade, sexo, condição física, grupo social, estado de
ânimo, etc.
     Com os instrumentos o processo é similar: uma vez que tenhamos conseguido obter uma
sonoridade uniforme, um belo timbre, boa afinação, projeção sonora, resistência e expressividade,
devemos trabalhar com as nuances de caracterização timbrística exigidas pelos diferentes estilos
musicais. Nesse momento, um estudo cuidadoso com os diferentes tipos de surdina trará uma
melhora geral no seu desempenho artístico.
     Cada surdina, por suas características individuais, requer uma pressão específica da coluna de
ar, um tipo de correção de afinação, uma técnica de fixação e manipulação. Muitos músicos
compram suas surdinas, colocam no instrumento quando aparece escrito SURDINA na partitura e a
retiram quando lêem SEM SURDINA, ignorando que, para serem bem empregadas, é requerida uma
prática à parte.
     É importante lembrar que, de forma similar a outras atividades, depois de praticarmos com
uma surdina, ao voltarmos para a maneira normal de tocar teremos muito mais controle sobre a
mesma. Sair da rotina é enriquecedor!
     A paleta de cores do compositor: Analisando as surdinas do ponto de vista dos compositores,
podemos dizer que seu uso equivale à combinação feita pelos pintores com as cores básicas para
produzir as diversas nuances de tom.
     Para quem quer entender como isso funciona na prática, vale a pena ouvir o poema sinfônico
"La Mer" (O Mar), do compositor francês Claude Debussy. Elas são muito empregadas, também, nas
trilhas sonoras de filmes e desenhos animados.
     Compositores e arranjadores têm, nas surdinas, uma fonte riquíssima de material sonoro à
disposição de sua criatividade.
     Os diversos tipos de surdina: O músico de orquestra usa basicamente um tipo de surdina, que
tem a finalidade de abafar o som do instrumento. Ela tem a forma de um tronco de cone feito de
papelão, madeira, metal ou fibra de vidro, fechada na base e aberta na ponta, e se fixa à campana
do instrumento com auxílio de pequenas tiras de cortiça coladas em sua lateral.
     Nas partituras, indica-se normalmente seu uso escrevendose SURDINA no início do trecho e
SEM SURDINA no final. Em outras línguas escreve-se desta forma:
Português - Surdina
Italiano - Sordino
Francês - Surdine
Inglês - Mute
Alemão - Mit Dämpfer

Outras Indicações para tirar a surdina:

Tirar
Sem Surdina
Via sordino
Otez la surdine
Without mute
Ohne Dämpfer

Essas indicações podem variar. O Importante é que fique claro para o músico quando ele deve
colocar e retirar a surdina.
O grande desenvolvimento e diversificação dos tipos de surdina ocorreram dentro do Jazz,
onde seu emprego nos instrumentos de metal tornou-se uma das características da linguagem.
Por terem sido desenvolvidas nos Estados Unidos, seus nomes são em inglês. Os tipos mais
conhecidos são:

STRAIGHT

Equivalente à surdina tradicional para abafar o som do instrumento.


CUP

Similar à anterior acrescida de uma espécie de concha na base do cone.

WA-WA

Muito empregada para efeito de risadas nas trilhas dos desenhos animados. Ao abrirmos e
fecharmos um orifício que fica em sua base produz-se uma espécie de pequeno glissando no
som. Daí seu nome.

HARMON

Produz um timbre velado e metálico. É uma das mais empregadas por diversos trompetistas
de Jazz.


PLUNGER

Pode ser feita com a borracha do desentupidor de pia. Ao variarmos o ângulo de abertura em
relação à campana produz-se um efeito de glissando.

VELVET

Veludo. Abafa muito o som, produzindo um som distante e aveludado.

     Um outro tipo importante de surdina é a Surdina de Estudo. São feitas para que o
instrumentista possa estudar em qualquer lugar sem atrapalhar ninguém. As mais modernas têm
um microfone embutido e podem ser ligadas a um fone de ouvido ou aparelhagem de som. É
importante lembrar-se que esse tipo de surdina, por vedar quase completamente a campana,
aumenta muito a resistência da coluna de ar, criando uma condição muito diferente da normal.
     Portanto, seu uso só é indicado para situações especiais, não para a rotina de estudo.
Finalmente, no caso específico da trompa, existe uma surdina para o efeito de BOUCHÉ
(quando o trompista fecha completamente a campana com a mão e sopra com mais força, fazendo
com que a própria campana vibre). Esse tipo de surdina sobe em meio tom a afinação do
instrumento, portanto, ao empregá-la, devemos tocar sempre meio tom abaixo do que está escrito.

Afinação

     Uma outra questão importante no uso das surdinas é a afinação. Teoricamente, uma
surdina deveria manter a afinação do instrumento inalterada. Na prática, como as medidas dos
instrumentos variam de fabricante para fabricante e mesmo entre modelos diferentes de um mesmo
fabricante, é impossível fabricar-se uma surdina que afine em todos instrumentos. Cabe ao músico,
portanto, fazer as devidas correções. Por esse motivo, é fundamental um estudo minucioso com
cada surdina para que você saiba onde deve corrigir a afinação do instrumento durante a execução.
     Algumas surdinas possuem um cilindro interno ajustável a partir do qual pode-se regular a
afinação da mesma.
     A surdina e o espaço: Ao filtrar o som do instrumento as surdinas alteram profundamente suas
características, principalmente no que diz respeito à projeção do som. É importante checar com seus
colegas se, quando você está utilizando uma surdina, seu som consegue se projetar no espaço do
teatro ou local de apresentação como você imagina. É possível que ele simplesmente desapareça
para o público, embora você tenha a impressão de estar tocando muito forte.
     No caso de gravações em estúdios, em algumas situações, trechos com surdinas devem ser
captados de forma distinta da utilizada para gravar o som normal de seu instrumento.
Experiências: Agora que você já sabe como as surdinas funcionam, que tal dar asas à sua
imaginação e criar suas próprias surdinas? Existem várias possibilidades. A mais simples é usar
garrafas plásticas. Existem alguns modelos que têm forma cônica e podem produzir surdinas
interessantes. Você vai precisar também de algumas tiras de cortiça para que a sua surdina possa
ser fixada ao instrumento.
     Outra possibilidade interessante é utilizar papel machê, que é muito fácil de ser preparado e
muito versátil na moldagem. Ele pode ser pintado com tinta a óleo para o acabamento.
     Para aumentar o leque de experiências pode-se utilizar ainda: chapa, cartão ou fibra de vidro.
Era uma vez... Se você é professor e trabalha com educação infantil, encontrará nas surdinas
uma fonte de recursos sonoros inusitados que convidam à imaginação. Partindo de uma surdina
básica adaptada (que funcione como uma espécie de rolha com um orifício, colocada na campana do
instrumento) você pode conectar apitos, língua-de-sogra, kazoo, fitas de papel e tudo que sua
imaginação encontrar.
Os recursos estão agora em suas mãos. Que tal colorir esse mundo com a riqueza timbres que as
surdinas proporcionam?

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Arturo Sandoval - Arturo Sandoval and The Latin Train


Faixas

Be-Bop
La Guarapachanga
La P.P.
Waheera
I Can't Get Started
Martebelona
Royal Poinciana
Latin Train
Candela (Yo Si Como Candela) / Quimbombo
Drume Negrita
Orula


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quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Miles Davis - Blue Moods


Faixas

Time After Time
Summertime (From 'Porgy & Bess) (master)
Circle
My Ship
Blue In Green
Round Midnight
Fran-Dance (Put Your Little Foot Right Out) (Digital Remix
)
Flamenco Sketches
Drad Dog
Sweet Pea
Summer Night


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Miles Davis - Tutu

     O mais controverso trabalho de Miles Davis, Tutu, gravado em 1986 é amado na mesma medida em que é criticado. Recém contratado pela Warner, gravadora que acolheria o trompetista até sua morte, em 1991, Tutu é diferente de todos os álbuns anteriores de Davis. Há quem diga que foi sua obra-prima, há quem julgue peça desnecessária em sua discografia.
     A razão para este enorme contraste se dá pela sonoridade. De forma diversa a todos os álbuns anteriores, o disco não foi gravado ao vivo em estúdio. Cada músico gravou sua parte e todo material foi posteriormente mixado. Normal para todos os outros gêneros musicais, exceto para o jazz. O resultado final foi um som plástico, que alguns chegam a caracterizá-lo como artificial. No entanto, Tutu agrega uma grande multidão de admiradores, que o encaram como um momento singular da carreira de Davis e da história do jazz.

Faixas

  1. Tutu
  2. Tomaas
  3. Portia
  4. Splatch
  5. Backyard Ritual
  6. Perfect Way
  7. Don't Lose You Mind
  8. Full Nelson
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Biografia de Miles Davis

     Miles Davis nasceu a 25 de maio de 1926 em Alton, Illinois, numa família de classe média, que se mudou para East St. Louis quando ainda era uma criança. Já com dez anos Davis estava tocando trompete e pouco tempo depois estava participando da banda de sua escola e tocando em vários grupos do jazz local.
     Quando tinha 18 anos, Davis viajou para New York estudar na famosa Julliard School of Music, mas cedo caiu na noite novaiorquina, freqüentando os melhores locais de jazz. Começou primeiro tocando com Coleman Hawkins e em seguida se juntou a Charlie Parker com quem gravou vários álbuns no final dos anos 40, em New York e Califórnia.

     Em 1948 Davis formou seu próprio noneto, que foi um grupo pioneiro e muito influente no desenvolvimento do cool jazz. Depois de gravar em 1949 o clássico “Birth of the Cool”, Davis deixou a banda (que continuou sem ele) para se apresentar no Paris Jazz Festival e trabalhar com outros músicos.
     Durante o início dos anos 50, Miles Davis já viciado em heroína, realizou uma série de fracos álbuns dentro do contexto do hard bop desapontando a maioria dos críticos de jazz. Mas em 1955 ele largou a droga, assinou com a Columbia, e fez o seu retorno no prestigiado Newport Jazz Festival. Formando um novo quinteto com o saxofonista John Coltrane, Davis gravou diversos clássicos álbuns na segunda metade de 50, até o grupo se dissolver.
     Ele voltou a colaborar com Gil Evans em vários projetos, onde ele experimentou o flugelhorn ao invés do trompete antes de retomar em 1958 um novo sexteto com John Coltrane (sax-tenor), Cannonball Adderley (sax-alto), Bill Evans (piano), Paul Chambers (baixo) e Philly Joe Jones (bateria). Foi com essa formação que Davis gravou seus mais famosos álbuns da fase do hard bop: “Milestones”(1958) e “Kind of Blue”(1959), os quais introduziram as improvisações modais no jazz. O grupo encerrou suas atividades no começo doa anos 60.
     Em 1964 Davis formou um novo quinteto experimental, que contava com Herbie Hancock(piano), Wayne Shorter(saxes tenor e soprano), Ron Carter(baixo) e Tony Willians(bateria). Aos poucos o grupo foi trocando seus integrantes, mudando seu estilo, caminhando primeiro para o avant-garde e depois para o eletrônico.

     Em 1969 lançou o jazz-rock ao gravar a obra-prima “Bitches Brew”, que foi o primeiro álbum de jazz a vender mais de um milhão de cópias. No começo dos anos 70, a produção de Davis se tornou cada vez mais acessível, com um jazz-rock carregado nas guitarras, keyboards e efeitos de estúdio. Isso tudo fez com que se distanciasse mais ainda dos críticos de jazz.
     Em 1975, Miles Davis com a saúde abalada pelas drogas e o álcool, abruptamente anunciou sua retirada do cenário do jazz. Seis anos depois ele retornou com uma nova banda cujos arranjos funky pop continuaram a afastar os críticos e por outro lado ganhou um grande número de fãs e consumidores. Através dos anos 80 Davis excursionou e gravou inúmeros discos, até falecer em setembro de 1991 com a idade de 65 anos, deixando um grande e permanente legado ao mundo do jazz.

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Clifford Brown - Ultimate



  1. Gertrude's Bounce
  2. Stardust
  3. I Get A Kick Out Of You
  4. Don't Explain
  5. Delilah
  6. Powell's Prances
  7. I've Got You Under My Skin
  8. Memories Of You
  9. Step Lightly (Junior's Arrival)
  10. Cherokee
  11. Stompin' At The Savoy
  12. September Song
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Clifford Brown - Clifford Brown With Strings


Faixas

01. Portrait Of Jenny
02. What’s New
03. Yesterdays
04. Where Or When
05. Can’t Help Lovin’ Dat Man
06. Smoke Gets In Your Eyes
07. Laura
08. Memories Of You
09. Embraceable You
10. Blue Moon
11. Willow Weep For Me
12. Stardust

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Biografia de Clifford Brown

     Nasceu em Wilmington, Delaware em 1930 e iniciou sua vida profissional em 1952, na orquestra rhythm & blues de Chris Powell (The Blue Flames). Em setembro de 1953, Brown viajou para a Europa, como integrante da big band de Lionel Hampton.
     Lá permaneceu até novembro, tendo gravado, em companhia do saxofonista Gigi Gryce e músicos franceses, como Henri Rénaud (piano) e Pierre Michelot (baixo), uma série de faixas, com orquestra, quarteto, quinteto e sexteto. Essas faixas européias mostram já o equilíbrio que Brown obtinha entre um lirismo fascinante, que não podia deixar de recordar Fats Navarro, e uma facilidade de fraseado digna de Dizzy Gillespie.

     Mas foi a sessão no Birdland, em 1954, com Art Blakey e Horace Silver que o projetou, chamando a atenção do baterista Max Roach. O quinteto que Roach formou, em 1954, com Clifford Brown no trompete, teve vida muito curta, em comparação com a longevidade dos quintetos de Horace Silver e dos Messengers de Art Blakey. Mas teve um impacto tão grande no jazz moderno como o desses grupos, responsáveis diretos pelo revigoramento do bop.

     O hoje célebre quinteto Roach-Brown gravou pela primeira vez em Los Angeles, em maio de 1954. O saxofonista era Teddy Edwards e o pianista, Carl Perkins. Mas foi o quinteto com Harold Land (sax tenor), Richie Powell (piano) e George Morrow (baixo) que perpetuou as primeiras obras-primas de Brown-Roach, em agosto daquele ano:
     "Jordu", plangente composição de Duke Jordan, “Joy Spring”, composição do próprio trompetista, "Daahoud", outro tema de Clifford à moda de Tadd Dameron.
     O quinteto Clifford Brown-Max Roach, ainda com o saxofonista Harold Land, gravou outras faces brilhantes, em duas sessões de fevereiro de 1955: "George's Dilemma", composição de Brown, um inesquecível "Cherokee" e "Sandu" um blues de tempo médio. Mas o quinteto atingiria um nível ainda mais excepcional nas sessões realizadas em janeiro e fevereiro de 1956, com a substituição de Harold Land por Sonny Rollins.
     Naquela época, Rollins começava a se impor como o mais importante e influente sax tenor do jazz a surgir depois de Coleman Hawkins e Lester Young. Clifford Brown tornou-se ainda mais fulgurante, e Max Roach, mais vibrante. Em 1956, morreu num desastre de automóvel, em companhia do pianista Richie Powell, quando viajavam de Filadélfia a Chicago, para uma apresentação do quinteto.

     Com apenas quatro anos de obra gravada, de março de 1952 até pouco antes de sua morte, em junho de 1956, Clifford entrou para a história do jazz como o trompetista da segunda geração do bop que melhor assimilou as lições de Dizzy Gillespie, Fats Navarro e Miles Davis, sintetizando-as numa linguagem melódica própria, apoiada numa técnica primorosa.

domingo, 14 de agosto de 2011

Arturo Sandoval - I Remember Clifford






Faixas


  1. Daahoud (Brown)
  2. Joy Spring (Brown)
  3. Parisian Thoroughfare (Bud Powell)
  4. Cherokee (Ray Noble)
  5. I Remember Clifford (Benny Golson)
  6. The Blues Walk (Brown)
  7. Sandu (Brown)
  8. I Get A Kick Out Of You (Cole Porter)
  9. Jordu (Duke Jordan)
  10. Caravan (Ellington, Mills, Tizol)
  11. I Left This Space For You (Sandoval)



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Arturo Sandoval - Flight to Freedom



Faixas

Flight To Freedom
Last Time I Saw You
Caribeno
Samba De Amore
Psalm
Rene's Song
Body and Soul
Tanga
Caprichosos De La Habana
Marianela

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Dizzy Gillespie - The Winter In Lisbon


Faixas

Opening Theme
San Sebastian
Lucretia's Theme
Magic Summer
Isthmus
Magic Summer
Lisbon
Magic Summer
Burma
Bill's Song
Final Theme

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sábado, 13 de agosto de 2011

Chet Baker - Embraceable You


Faixas

The Night We Called It A Day
Little Girl Blue [instrumental]
Embraceable You
They All Laughed
There's A Lull In My Life
What It There To Say
While My Lady Sleeps
Forgetful
How Long Has This Been Going On? 
Come Rain Or Shine
On Green Dolphin Stree
Little Girl Blue
Trav'lin Light

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The best of Chet Baker Sings


Faixas

  1. The Thrill Is Gone
  2. But Not For Me
  3. Time After Time
  4. I Get Along Without You Very Well
  5. There Will Never Be Another You
  6. Look For The Silver Lining
  7. My Funny Valentine
  8. I Fall In Love Too Easily
  9. Daybreak
  10. Just Friends
  11. I Remember You
  12. Let's Get Lost
  13. Log Ago(And Far Way)
  14. You Don't Know What Love Is
  15. That Old Feeling
  16. It's Always You 
  17. I've Nerver Been Love Before
  18. My Buddy
  19. Like Someone In Love
  20. My Ideal
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Biografia de Chet Baker

     Figura mitológica do jazz, em grande parte por fatores extra-musicais, o que não significa que sua música não seja extraordinária, Chesney Chet Baker nasceu em Oklahoma e foi criado em um subúrbio de Los Angeles, Califórnia. 
     O cantor Chet Baker nasceu Chesney Henry Baker Jr. na cidade de Yale, Oklahoma, no dia 23 de Dezembro de 1929 – e faleceu em Amsterdã, no dia 13 de maio, 1988). Chet foi um trompetista de jazz norte-americano. 
Criado até os dez anos numa fazenda de Oklahoma, parte para Los Angeles no final dos anos 30, quando começa a estudar teoria musical. 
     Chet Baker sempre foi influenciado por seu pai, guitarrista, de quem herdou a paixão pela música e de quem ganhou, aos 10 anos de idade, um trombone. 
     Amante do Jazz, não tardou em conquistar o sucesso, sendo apontado como um dos melhores trompetistas do gênero logo em seu primeiro disco. 
     Ainda bem jovem, passou a integrar o grupo de renome da música americana da época. 
     Seus primeiros trabalhos foram com a Vido Musso's Band e com Stan Getz, porém Chet só conheceu o sucesso depois do convite de Charlie Parker (Bird) em 1951 para uma série de apresentações na costa ocidental. 
     Em 1952 entrou para a banda de Gerry Mulligan, alcançando grande notoriedade com a primeira versão de "My Funny Valentine". 
     Entretanto, em razão dos problemas de Gerry com as drogas, o quarteto não teve vida longa, sustentando-se por menos de um ano. 
     O talento de Chet logo o transformaria num ídolo. Apresentou-se por toda América e Europa. 
     Especialistas dividem a vasta obra do músico em duas fases: a cool, do início da sua carreira, mais ligada ao virtuosismo jazzístico e a segunda parte, a partir de 1957, quando a sensibilidade na interpretação torna-se ainda mais evidente. 
     Avesso às partituras, não deixou, entretanto, de integrar as grandes bands americanas. 
Baker era dotado de extrema criatividade, inaugurando um modo de cantar no qual a voz era quase sussurrada. 
Chet teria exercido grande influência em músicos brasileiros, como João Gilberto e Carlos Lyra, alguns dos grandes nomes da Bossa Nova. 
     Esta versão é, contudo, bastante controvertida. Sizão Machado, numa visão chauvinista, chegou a dizer, certa feita, que a Bossa Nova é que teria influenciado os músicos americanos, e não o contrário. 
     Para tocar as músicas pedia apenas o tom. Econômico nas notas (ao contrário de outros trompetistas que preferiam o virtuosismo, como Dizzy Gillespie), Chet improvisava com sentimento. 
     Certo dia, deram-lhe o tom errado de uma música de propósito, e mesmo assim Chet Baker conseguiu encontrar um caminho harmônico. 
     Valorizava as frases melódicas com notas longas e encorpadas, o que acabou lhe valendo o rótulo de cool 
No começo dos anos 60, Chet realizou diversas experiências com o flugelhorn, instrumento de timbre macio e aveludado. 
     No entanto, sua gloriosa trajetória na música não lhe rendeu uma vida segura, afastada de problemas. Por causa de seus envolvimentos com as drogas, especialmente com a heroína (durante suas crises de abstinência, que eram monitoradas por médicos, usava metadona), Chet foi preso muitas vezes. 
     Conta-se que chegou a ser espancado por não ter pago uma dívida contraída com a compra de drogas. Este episódio teria lhe rendido a perda de vários dentes. 
     Para alguns especialistas, as falhas em sua arcada dentária teriam contribuído para uma inevitável piora de sua performance. 
     Contudo, para outros, contraditoriamente, tal fato teria obrigado o músico a se enveredar por outras vertentes e nuances do instrumento, alcançando, deste modo, sonoridades ímpares e inconfundíveis. 
     Em 1985, Chet Baker esteve no Brasil para duas apresentações na primeira edição do Free Jazz Festival. 
     A banda era formada pelo pianista brasileiro Rique Pantoja (com quem Chet já havia gravado um disco no início dos anos 80 - Chet Baker & The Boto Brasilian Quartet), pelo baixista Sizão Machado, pelo baterista americano Bob Wyatt e pelo flautista Nicola Stilo. 
     A primeira apresentação, no Hotel Nacional, na cidade do Rio de Janeiro, foi considerada decepcionante, mas a apresentação em São Paulo, tida como um sucesso, quase entra para a história do Jazz pela porta dos fundos: depois do espetáculo, já em seu quarto, no Maksoud Plaza, Chet surrupiou a maleta do médico que o acompanhava e tomou doses cavalares das drogas que lhe estavam sendo administradas para controlar as crises de abstinência. Chet teve uma overdose e quase morreu. 
     Neste mesmo ano, iniciou com Rique Pantoja, em Roma, as gravações de Rique Pantoja & Chet Baker (WEA, Musiquim), que terminariam em São Paulo, no ano de 1987. O LP foi um sucesso de crítica. 
     Em maio de 1983, durante uma de suas inúmeras viagens à Holanda, produziu gravações com o pianista Michael Graillier e com o baixista italiano Ricardo Del Fra, parceiro do baterista brasileiro Afonso Vieira. 
Baker morreria em Amsterdã, de forma trágica e misteriosa, na madrugada de 13 de Maio de 1988, quando despencou da janela do hotel. 
     Até hoje resistem muitas controvérsias sobre a causa de sua partida: suicídio ou acidente? 
Chet foi enterrado no "Inglewood Park Cemetery", em Los Angeles.